Por: Leandro Franco
Há exatamente 35 anos, no dia 18 de abril de 1983, entrava em cartaz uma história que misturava mistério, suspense, amor, comédia, atualidades e... Xuxa! “Fuscão Preto” foi o 1º filme em que a loira atuou como protagonista e sua história, até hoje, gera controvérsias, tal e qual a música que lhe deu origem. Pois é, não tem como falar do longa-metragem sem falar do clássico sertanejo “Fuscão Preto”. Música, filme, lendas... temos muito a conversar, portanto...
Há exatamente 35 anos, no dia 18 de abril de 1983, entrava em cartaz uma história que misturava mistério, suspense, amor, comédia, atualidades e... Xuxa! “Fuscão Preto” foi o 1º filme em que a loira atuou como protagonista e sua história, até hoje, gera controvérsias, tal e qual a música que lhe deu origem. Pois é, não tem como falar do longa-metragem sem falar do clássico sertanejo “Fuscão Preto”. Música, filme, lendas... temos muito a conversar, portanto...
“Num fuscão preto pela cidade a rodar...”
A história da canção
Claro que você já ouviu a música “Fuscão Preto”. Se não ouviu, ouça
agora, pois é bom conhecê-la para entender melhor tudo que vem por aí.
A canção tem uma história tão polêmica quanto o desfecho do filme. Antes de falarmos do enredo, é bom que fique claro: a canção não ficou famosa por conta do filme. Pelo contrário, o filme que só existiu pelo sucesso da música.
A canção tem uma história tão polêmica quanto o desfecho do filme. Antes de falarmos do enredo, é bom que fique claro: a canção não ficou famosa por conta do filme. Pelo contrário, o filme que só existiu pelo sucesso da música.
A composição de Atílio Versutti e Mariel (pseudônimo de
Jovercino Lopes), feita em 1974, nasceu de um fato verídico: Mariel e um amigo eram
pintores e observaram que, perto da obra em que trabalhavam, um homem parava com
seu fusca preto e uma mulher, em atitude suspeita, entrava no carro e os dois
saíam para um passeio. O fato é que a tal mulher
era comprometida, o que transformava o tal passeio numa possível traição.
Mariel contou a história para o outro amigo, Atílio, que gostou e propôs transformarem-na em música. Deu certo! Quatro
anos depois, a dupla Mariel e Giovante lançou seu primeiro disco e nele estava também o primeiro registro de “Fuscão Preto”.
Mas então por que em todo lugar a música
aparece creditada a Atílio Versutti e Jeca Mineiro? Bom, de forma bem resumida o que aconteceu foi que Mariel cedeu os
direitos autorais da composição para Jeca Mineiro em troca de algumas
promessas, como ele mesmo contou em programas de TV. Justo ou não, o fato é que a canção é, oficialmente, uma composição
de Atílio Versutti e Jeca Mineiro e é assim que ela aparecerá em todos os
registros, principalmente no filme.
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Mariel cedeu os direitos da composição e Jeca entrou na carona do Fuscão |
“Me disseram que ela foi vista com outro...”
A vez de Almir Rogério
A música virou a queridinha das
duplas sertanejas e suas regravações brotavam num ritmo impressionante, o que
chamou atenção até de quem não era cantor do gênero: Almir Rogério, que já tinha uma carreira como cantor romântico e
por isso mesmo, causou estranheza quando decidiu incluir a música em seu
repertório.
“Pouca gente acreditava que desse certo.
Primeiro, porque já existiam várias gravações da música. Segundo, porque não
era bem o meu estilo.”
(Almir Rogério para a revista Som do Sertão, em 1982)
A música se tornou a mais famosa de Almir Rogério e se tornou a mais tocada no ano de 1982, como contou o radialista Eli Correa ao programa Domingo Show da RecordTV, em 2016.
“Daí a pouco eu mesmo vi o fuscão...”
A música vira filme
Enzo Barone, dono da produtora de filmes que leva seu nome,
enxergou no sucesso da faixa a possibilidade de retomar um estilo que há alguns
anos estava de lado: o chamado “filme-sertanejo”
e chamou Jeremias Moreira Filho para
dirigi-lo. Jeremias já tinha experiência no ramo, foi ele quem dirigiu “Menino
da Porteira” (1976) e “Mágoa de Boiadeiro” (1977).
“Fazer filmes baseados em músicas de apelo
popular é uma forma de atrair bom público para as bilheterias. Das outras vezes
deu certo e agora também pode dar. Digo ‘pode dar’ porque cinema é sempre uma
loteria. Mas, de qualquer maneira, a produção é bem cuidada.”
(Jeremias Moreira para a revista Contigo, 19/11/1982).
Sim, produção bem cuidada, mas isso não significava alto orçamento. O longa custou cerca de 35 milhões de cruzeiros (1,13 milhão de reais, hoje), sendo que desses 3 milhões (cerca de 97 mil reais) foram só para adaptar o carro-estrela. [Nota: Para terem uma ideia, Xuxa e os Duendes (2001) custou 3,8 milhões.]
“Eram 2 carros, mas um era cenográfico, sem
motor. Foi feito só para a cena final, do precipício. Para não estragar o
outro, nas cenas em que ele destruía as coisas na festa, tínhamos que por um
compensado na lateral do carro para não amassar a lataria, pois era o único que
tinha” – contou Jeremias em entrevista ao Museu de Imagem e Som de São
Paulo.
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Foram usados dois carros no filme, um deles só para a cena do precipício |
Outra parte do dinheiro ficou para a escalação do elenco: atores famosos da época como Dionísio Azevedo (sr. Lucena, pai de Diana), Denis Derkian (Marcelo, namorado de Diana), Monique Lafond (Cleide, a amante de Marcelo) e a dupla Zé Coqueiro e Filoca.
Almir Rogério, claro, era o protagonista masculino, o domador de cavalos Lima. Foi o primeiro papel do cantor no cinema e a aposta no sucesso foi alta. Segundo a revista Contigo, seu contrato previa uma participação de 10% nos lucros da bilheteria.
A mocinha da história, Diana, era interpretada por Xuxa. Enzo Barone fez o convite e Xuxa não aceitou de cara. E sabem o que fez ela aceitar? As crianças! E olha que ela nem sonhava em ser a Rainha dos Baixinhos... E há quem não acredite em destino.
Fuscão foi a segunda vez que Xuxa atuou como atriz no cinema, mas a
primeira como protagonista. Sua imagem estava ainda muito ligada à de mulher
sensual, fosse pelos ensaios de moda ou para as revistas
masculinas. Por essa razão, um dos desafios de divulgação era que as pessoas
entendessem que não havia nada de
sensual nas cenas do filme e que a classificação
era livre, sendo o filme voltado, também, para o público infantil.
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No detalhe, o anúncio de um dos cinemas para a estreia: "Fuscão Preto, um filme para a criançada" |
A história
Fuscão foi inteiramente filmado nas cidades de Mogi Guaçu e Espírito Santo
do Pinhal, ambas no interior de São Paulo e é também numa cidade – não
nominada – do interior paulista que se passa a história.
O prefeito Rui (Mário Benvenutti) quer a todo custo implantar uma
usina de álcool na cidade. No entanto, precisa que Lucena (Dionisio Azevedo) aceite vender suas terras – onde cria
cavalos – para dar espaço aos canaviais. Rui se aproveita do fato do filho Marcelo (Dennis Derkian) ser noivo da
filha de Lucena, Diana (Xuxa) e vê
no casamento uma chance de fazer o homem mudar de ideia. A relação de Marcelo e Diana não é saudável, pelo menos não para ela, pois o rapaz já tem um caso com Cleide (Monique Lafond) e deixa claro que, embora até goste de Diana, só vai se casar por interesse.
Próximo ao dia do noivado aparece na cidade um
misterioso fuscão que começa a perseguir Diana e parece exercer um fascínio
sobre a moça. No desenrolar da história, chega
à cidade Lima (Almir Rogério), um
domador de cavalos que, aos poucos, começa a se interessar por Diana, mas sabe da existência do Fuscão. Só não
imagina quem é o motorista (se é que há um).
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"Me disseram que ELE foi visto com OUTRA..." Marcelo vai se casar com Diana, mas tem um caso com Cleide |
Forma-se um triângulo: Diana, Almir e o Fuscão. Por fora, vem Marcelo, que não se conforma em perder seu “troféu” para um domador ou para um motorista misterioso. A essa altura toda a cidade já teme o Fuscão e se pergunta o que ele realmente é e o que quer com Diana.
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O Fuscão exerce um fascínio sobre Diana, mas a moça também se encanta pelo domador de cavalos Lima |
Lançamento, bilheteria e home-video
Fuscão Preto chegou aos
cinemas em 18/04/1983, mas essa não
era sua primeira data de lançamento. Tudo estava acertado para que o filme
estreasse em 25/01/1983, mas vários atrasos nas filmagens e produção adiaram a
data. Esses 3 meses contribuíram para que o resultado nas bilheterias já não
fosse tão bom. O filme estreou mais de
um ano depois que a música tinha sido lançada e, mesmo, a faixa alcançando
um bom resultado de execuções em 1982, no ano seguinte sua força já havia diminuído consideravelmente.
Para completar, o filme não teve distribuição nacional. A maior parte das salas se concentrava em São Paulo. A própria Xuxa comenta isso rapidamente numa entrevista à revista VideoNews em novembro de 1987: “Fuscão Preto não passou no Rio, só em São Paulo”.
Para completar, o filme não teve distribuição nacional. A maior parte das salas se concentrava em São Paulo. A própria Xuxa comenta isso rapidamente numa entrevista à revista VideoNews em novembro de 1987: “Fuscão Preto não passou no Rio, só em São Paulo”.
Somente depois que o filme saiu
de cartaz em São Paulo é que ele estreou no nordeste do país. Em 05/06/1983, ele estreou em Pernambuco
e foi percorrendo outros estados. Em
outubro do mesmo ano, o filme ainda
estava em cartaz no Rio Grande do Norte.
A bilheteria ficou na casa de 800 mil espectadores, quase metade do que Jeremias conseguiu com seu filme anterior “O Menino da Porteira”. No site oficial da Ancine não há o registro do número alcançado, mas o livro “De Caipira a Universitário: a história do sucesso da música sertaneja” (Matrix Editora, 2012) fornece esse registro. Um ano depois, o próprio Jeremias confirmou o número na entrevista aqui já citada.
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Meses depois da estreia em São Paulo, o Fuscão chega ao Nordeste |
A bilheteria ficou na casa de 800 mil espectadores, quase metade do que Jeremias conseguiu com seu filme anterior “O Menino da Porteira”. No site oficial da Ancine não há o registro do número alcançado, mas o livro “De Caipira a Universitário: a história do sucesso da música sertaneja” (Matrix Editora, 2012) fornece esse registro. Um ano depois, o próprio Jeremias confirmou o número na entrevista aqui já citada.
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Bilheteria considerável, mas um tanto inferior se comparada a dos filmes anteriores de Jeremias |
O diretor, por sua vez, atribui o fato da baixa bilheteria a dois fatores: a forma como o longa foi lançado: “O filme saiu para os cinemas de shopping de São Paulo. O público de shopping não é o público desse tipo de filme! Muitos cinemas que exibiram Menino da Porteira nem existiam mais!” e ao fato de Xuxa estar no elenco. Parece absurdo, mas vejam seus argumentos, na entrevista ao Museu de Som e Imagem de São Paulo:
“Eu tive alguns sinais de que a presença da
Xuxa atrapalhou um pouco a bilheteria. O público conservador tinha um preconceito
muito grande com a Xuxa, porque ela era a modelo que saiu na Playboy, essas
coisas. Então muita gente que foi ver “O Menino da Porteira” não foi ver o
“Fuscão”. Um cara chegou para mim e disse que não ia levar a família para ver o
filme porque era um filme da Xuxa. Agora veja, surpreendente uma atitude
assim... Outros tempos.”
Quando o filme estreou no nordeste isso mudou, pois Xuxa já havia estreado como apresentadora infantil na Rede Manchete e ficou mais fácil direcionar o filme para o público infantil. Não era a Xuxa das revistas e sim a Xuxa da TV, do Clube da Criança.
Se o alcance nas bilheterias não foi o esperado, ainda existia o alcance da VHS, só que a fita demorou dois anos para sair. O home-video de Fuscão Preto saiu em maio de 1985 pela CIC Vídeo Distribuidora e sua capa reproduziu o cartaz original do longa.
Com a consagração de Xuxa como Rainha dos Baixinhos e o auge do Xou da Xuxa na TV Globo, o filme foi relançado em VHS em julho de 1989, dessa vez com distribuição pela Reserva Especial Video. A surpresa ficou pela nova capa e o enfoque totalmente voltado para a loira.
Se o alcance nas bilheterias não foi o esperado, ainda existia o alcance da VHS, só que a fita demorou dois anos para sair. O home-video de Fuscão Preto saiu em maio de 1985 pela CIC Vídeo Distribuidora e sua capa reproduziu o cartaz original do longa.
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O primeiro lançamento em VHS de "Fuscão Preto" aconteceu somente em 1985 |
Com a consagração de Xuxa como Rainha dos Baixinhos e o auge do Xou da Xuxa na TV Globo, o filme foi relançado em VHS em julho de 1989, dessa vez com distribuição pela Reserva Especial Video. A surpresa ficou pela nova capa e o enfoque totalmente voltado para a loira.
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Em pleno auge do Xou da Xuxa, o filme foi relançado em julho de 1989. O nome de Xuxa ganhou mais destaque que o do próprio filme e o de Almir Rogério quase passa despercebido |
Se antes Xuxa dividia as atenções com Almir (na capa) e outros nomes do elenco (na contracapa), na nova versão, o Fuscão foi apresentado como “a grande estreia cinematográfica da maior estrela da atualidade” e o nome de Xuxa teve maior destaque que o do filme em si. Na contracacapa só fotos da loira: uma de divulgação e uma de um dos takes do filme.
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Se antes Xuxa era o “problema” para atrair público, agora ela era o principal motivo de divulgação. [Simplesmente a melhor explicação para a origem do meme: Parece que o jogo virou, né, mores?] |
“Meu Deus do céu, diga que isso é mentira...”
As lendas em torno do Fuscão
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A foto da primeira cena de Xuxa no filme aparece no Livro Xuxa, da Editora Toriba |
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Nosso fuscão é muito mais estiloso, tem até traje de perseguição e conquistou a Xuxa! Sentimos muito, Herbie, mas essa você perdeu... |
Curiosidades
O papel de Xuxa era para ser da
atriz Denise Dumont.
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Publicado no Jornal do Brasil em 10/04/1983 |
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Fuscão na Rede Globo: Vídeo Show e Domingão do Faustão relembraram o filme |
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Filoca e Zé Coqueiro: a dupla já era conhecida do público dos filmes sertanejos |
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Um motoqueiro que rouba o coração de Diana? Já temos o protagonista perfeito! [Participação Especial: Dudu Meneghel Andrade] |
"Daí a pouco eu mesmo vi o
fuscão...
Chegando ao fim do nosso post não
podemos deixar de falar do desfecho do filme. Então, se você não viu o filme,
ficou com vontade e vai procurá-lo; muito obrigado pela sua leitura, mas é hora
de você parar por aqui e voltar depois para não estragar a surpresa. Até
depois!




Para você que já conhece, já viu
e reviu, vamos lá...
Fuscão ainda tocou em assuntos atuais à época: o Proálcool e o crescente interesse pelo combustível. Sim, isso pode passar despercebido, mas quando o prefeito tenta persuadir o pai de Diana a trocar sua criação de cavalos pelos canaviais, usando o casamento dos filhos como ferramenta, é uma crítica clara às consequências da supervalorização do álcool entre 1982 e 1983.
35 anos passados e muita gente
ainda torce o nariz para o final – ou para o filme inteiro – mas será que todo
esse pessoal entendeu o que o diretor quis passar? Optar pelo final inesperado
em que a mocinha não fica com o mocinho pode até ser melhor aceito nos filmes de
hoje, mas imaginem isso em 1983 e dentro de uma história onde o principal
concorrente do protagonista é um fusca desgovernado, mas sentimental e sem
motorista.
Jeremias quis levar para as telas o embate “homem versus tecnologia”. Quando Diana prefere o Fuscão a Lima, o diretor mostra que a tecnologia estava, a passos largos, dominando as relações pessoais. Sabem todo esse papo que você escuta hoje de que ninguém conversa mais, todo mundo tem uma vida paralela de rede social e que estar desconectado é quase o mesmo que se sentir fora do mundo? “Fuscão Preto” é isso!
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Sem final feliz para o mocinho, até que ponto isso pode atrapalhar a compreensão do que o diretor quis passar? |
Jeremias quis levar para as telas o embate “homem versus tecnologia”. Quando Diana prefere o Fuscão a Lima, o diretor mostra que a tecnologia estava, a passos largos, dominando as relações pessoais. Sabem todo esse papo que você escuta hoje de que ninguém conversa mais, todo mundo tem uma vida paralela de rede social e que estar desconectado é quase o mesmo que se sentir fora do mundo? “Fuscão Preto” é isso!
O que pode atrapalhar esse
entendimento é que inevitavelmente associamos “Fuscão” à música, que por sua
vez nos remete a algo rural, sertanejo e matuto. Esqueçam isso e vejam o fusca como uma
máquina que não depende do homem, toma suas decisões, tem inteligência própria
e numa disputa com o humano leva a melhor. Não ficou difícil entender a ideia
do diretor, ficou?
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A cena da "doma" do fuscão pode parecer non-sense, mas há todo um significado embutido |
O final é uma visão derrotista,
um prenúncio do caminho que as relações interpessoais poderiam tomar – ou
podem. Jeremias foi ousado e uma visão
tão à frente afastou seu público cativo, acostumado com algo mais objetivo como
Menino da Porteira e Mágoa de Boiadeiro. A classificação do filme para o gênero
infantil também não ajudou, pois se já é difícil para o adulto compreender algo
assim, imaginem para os baixinhos... se bem que eles queriam mesmo era ver a
Xuxa.
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Xuxa ainda não era apresentadora infantil, mas já era uma figura querida entre as crianças |
Fuscão ainda tocou em assuntos atuais à época: o Proálcool e o crescente interesse pelo combustível. Sim, isso pode passar despercebido, mas quando o prefeito tenta persuadir o pai de Diana a trocar sua criação de cavalos pelos canaviais, usando o casamento dos filhos como ferramenta, é uma crítica clara às consequências da supervalorização do álcool entre 1982 e 1983.
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O prefeito Rui vê no casamento de seu filho com Diana o caminho para transformar a fazenda de Lucena num dos instrumentos do progresso: a usina de álcool |
Viram como “Fuscão Preto” tem
muito mais história do que dizem por aí? Às vezes nos deixamos levar pelas
primeiras impressões e não nos permitimos conhecer o que realmente quer ser mostrado.
De qualquer forma, para nós, Fuscão tem um diferencial: é o primeiro filme de
Xuxa como protagonista e seu primeiro passo rumo ao reino dos baixinhos, ainda
que, de certa forma, involuntariamente.
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Agora você já sabe que antes de uma nave rosa existiu um fuscão preto... |