Por: Leandro Franco
Há 25 anos, a Revista da Xuxa entrava no seu Ano III que já começava trazendo novidades para os leitores da revista em quadrinhos da loira: um novo concurso para criar modelitos para Xuxa (deu certo em 1990, por que não repetir a dose?) e a entrada de um novo estúdio para a criação das historinhas. A troca de estúdio foi acontecendo gradativamente até que o Estúdio AW se firmou como o responsável até a última edição publicada. O conteúdo das historias permaneceu, mas os traços foram se tornando menos elaborados , principalmente para os “figurantes” das histórias. Não mais veremos belos desenhos como aqueles das moças das histórias do Di Junior. A nosso ver houve uma involução, mas também entendemos que o gibi seguia a tendência de simplificar os traços e que hoje resulta em algo como uma porca rosa que mais parece o rascunho de um desenho animado, mas deixa isso pra lá...
Há 25 anos, a Revista da Xuxa entrava no seu Ano III que já começava trazendo novidades para os leitores da revista em quadrinhos da loira: um novo concurso para criar modelitos para Xuxa (deu certo em 1990, por que não repetir a dose?) e a entrada de um novo estúdio para a criação das historinhas. A troca de estúdio foi acontecendo gradativamente até que o Estúdio AW se firmou como o responsável até a última edição publicada. O conteúdo das historias permaneceu, mas os traços foram se tornando menos elaborados , principalmente para os “figurantes” das histórias. Não mais veremos belos desenhos como aqueles das moças das histórias do Di Junior. A nosso ver houve uma involução, mas também entendemos que o gibi seguia a tendência de simplificar os traços e que hoje resulta em algo como uma porca rosa que mais parece o rascunho de um desenho animado, mas deixa isso pra lá...
Vamos às edições de hoje!
Edição 25
Já na capa uma situação curiosa: Xuxa descansa no espaço sideral numa rede sustentada pela Nave Xuxa e
seu filhote Robuxo. Não, não seremos realistas (e chatos) a ponto de dizer “como Xuxa respira no espaço sem um traje
especial, ou melhor, espacial?”. A questão é sobre a Nave da Xuxa. Não é
nela que Xuxa e sua turma viajam pelas galáxias? Cabe todo mundo lá... Então
por que nessa capa ela parece ser menor que a Xuxa e pouco maior que o Robuxo?
Ok, talvez exista um botão dimensionador de naves...
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Pela primeira vez a história de abertura do gibi não foi
focada em Xuxa; ela participa mas o protagonista foi Praga numa crise de
identidade por conta de um pequeno acidente.
Em seguida uma rápida e espirituosa historinha sem diálogos, uma página só. A curiosidade fica pelo fato que o livro que o vendedor oferece á Xuxa existe de verdade! Sabiam disso? Saiu em 1976 e até hoje é uma referência para os praticantes do karatê. Foi escrito por Oswaldo Duncan.
Xiquita e Pituxa protagonizam a primeira história feita pelo
estúdio ZW – que ainda não é o estúdio definitivo – e, além do erro rotineiro de inverterem as cores
das roupas (Xiquita/ Roupa Azul e Pituxa/Roupa vermelha é o correto), já
notamos os traços mais simples e, consequentemente, menos bonitos.
Moderninho resolve dar uma de sabichão e inventa sua própria teoria para a origem do cavalo árabe. Seguindo a ideia do boneco de espuma, o cavalo árabe tem sua origem no brilho (fulgor) do furúnculo (fruncho) sussurante (frêmito), que significa exatamente a tesoura cirúrgica (fórfice) tem folhas (folhoso) que brincam com as folhas numeradas dos livros (folguedo / Fólio). É... só Moderninho pra construir algo tão “inteligente”. Obrigado, Sr. Dicionário, mas ficamos na mesma.
Se a história de abertura teve Xuxa de menos, a de
encerramento teve nada de Xuxa... Só Dengue no seu dia de quase-morte.
No Correio da Xuxa, mais gente pedindo pôster da Xuxa, só que dessa vez ela
disse que o pôster poderia sair logo. Aprendam: o “logo” dela é mais ou menos
11 meses depois, que é quando saiu o tal pôster. Falando em pôster, até então
ainda tinha gente agradecendo o pôster lá da edição 10. Educação antes tarde do
que nunca, não é?
Edição 26
A capa da edição lançada em fevereiro de 1991, traz uma situação
interessante: pela segunda – e última – vez, o logotipo do gibi será parte da
situação retratada na capa. Aqui temos Vovuxa tricotando o nome “Xuxa”, lá na
edição 8 (Julho/1989) tivemos Xuxa se pendurando no nome para se proteger de um
rato-fã.
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Na primeira história uma referência aparece através apenas do figurino de Moderninho, não há qualquer menção a Sherlock Holmes, mas aparecer com o capote e chapéu tipicamente londrinos e a famosa lupa já é mais que suficiente para “homenagear” o famoso detetive criado em 1887, por Sir Arthur Conan Doyle.
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Só faltou o cachimbo, mas fumar pra quê? Pra que fumar? |
Começam a aparecer as primeiras historinhas sob o comando do Estudio AW, que se
revezam com as remanescentes do Estúdio ZW. Já o Estúdio Farias & Paulo
José deixa de vez a produção das aventuras.
Curiosidade: Farias & Paulo José
produziam também o gibi de Angélica nessa época, e também foram só até
fevereiro de 1991. Provavelmente o estúdio foi desativado ou somente mudou de
nome.
Samuca, o particular da Xuxa (lembram dele?), é um mecânico faz-tudo, bem diferente do mordomo que levava o café da manhã para Xuxa no Xou da Xuxa (1992) e no Xuxa Park. Na historinha vemos uma pequena confusão com a cor dos cabelos do homem: começa branco e depois fica preto.
E o Dengue, hein? Existe personagem mais problemático e cheio de complexos? Um mini-flashback pra vocês: Edição 13,: Dengue se sente marginalizado por ter seis braços e não dois como quase todo mundo. Depois, na Edição 19 fica triste porque seus cabelos (oi? Ele já não é careca?) estão caindo e acha que nenhuma garota vai mais gostar dele. Edição de agora: o mosquitão entra em crise porque está se achando o mais feio do planeta. Esperamos sinceramente que seja o último dilema dessa natureza, pois um é pouco, dois é bom, três histórias focadas nisso é demais!
Feliz da vida estava Maria, era seu aniversário! E não é que a Xuxa resolve encarar a cozinha e fazer ela mesma o bolo de aniversário? Ficou super leve a massa... Destaque pro quadrinho final onde aparece até quem NUNCA apareceu: olha a macaca Jô dando as caras pela primeira vez! Só que entra muda e sai calada. E lembra o que dissemos no post passado? “Festa atrai Mocreia”... até Mocreia fez uma participação especial só para parabenizar Maria.
A propósito, o aniversário da verdadeira Maria é dia 5 de julho!
No Correio da Xuxa, algo difícil de acreditar: publicaram a
mesma cartinha da edição anterior, no mesmo lugar, nem se deram ao trabalho de
trocar a posição. Poxa, cadê a revisão, gente?
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"Todo mundo pede bis! Pede bis!"... Mas não a esse ponto, não é mesmo? |
Edição 27
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Pela primeira vez a capa do gibi recria o pôster de um filme. O escolhido
foi o clássico de Walt Disney, “A Dama e
o Vagabundo” (EUA, 1955), e Xuxa e Xuxo revivem a famosa cena do jantar a
luz de velas onde os protagonistas dividem um prato de spaghetti gostosinho.
Curiosidade: reparem que acontece a mesma coisa que comentamos na capa da
edição 25: problemas com a dimensão dos personagens. Em qualquer historinha do
Xuxo ele é um cachorro de porte médio e por várias vezes aparece no colo da
loira. Por essa capa ele é praticamente um São Bernardo de tão grande, reparem
na cabeça do personagem, bem maior que a da Xuxa. Pelo visto macarrão dá mais
resultado que o espinafre do Popeye...
Na primeira história poderíamos ter uma explicação de como a
Macaca Jô entrou para a Turma da Xuxa, mas preferiram usar outra macaquinha,
uma tal de Laurinha, de quem nunca mais ouviremos falar.
O que dizer de Xuxa confundindo Tarzan com Chita? Bom, a
Xuxa não, e sim o roteirista.
Falando de personagens que nunca mais darão as caras,
tivemos a volta do Tupinixim com um novo amiguinho: um curumim. O baixinho
indígena ganhou uma história das grandes: 10 páginas! Mesmo assim não aparecerá
mais, deve ter ido passear com a macaca Laurinha.
Com a bola cheia também estava Moderninho. O boneco falante
praticamente protagonizou toda a revistinha n.27. Somente não aparece na
história do Curumim e numa do Pavão. No mais, lá está ele usando sua imaginação
em níveis preocupantes, mas divertidos. Do tempo das cavernas à aventuras na
selva.
Correio da Xuxa, como sempre, proporcionando ótimos
momentos. Uma garota contou que mandou cartinha pra ser Paquita, não foi
escolhida, mas também não ficou triste porque “sabia que novas oportunidades
apareceriam”. Paquita ela não virou, será que virou Angeliquete, Marete? Será
que era amiga da atriz Juliana Silveira (quem não entendeu, clica aqui).
E mais uma militante da Campanha “Por um gibi com Paquitos”
fez seu apelo. Xuxa respondeu: “tenha paciência, quem sabe ogo eles não pintam
nos quadrinhos?” Mas, o que foi mesmo que aprendemos lá na edição 25? Que
“logo” dito pela Xuxa é algo próximo de 11 meses depois. Então, se aparecer
“logo” + “tenha paciência”, quer dizer NUNCA, concordam?
Mais ou menos assim: Xuxa,
é verdade que vai sair uma edição em blu-ray com o primeiro "Xou da Xuxa" remasterizado em alta definição em comemoração aos 30 anos do programa? A
resposta deve ser algo do tipo: Tenha
paciência, logo deve pintar. Beijos, X.
E se a pergunta fosse: Xuxa, quando o Xuper Blog vai falar
das próximas edições do seu gibi? Opa, essa a gente responde, loira!
_ Tenham paciência, logo.... ops, semana que vem, gente,
semana que vem...