No início dos anos 90, nossa moeda era o Cruzado Novo (NCz$) e ela vigorou até março de 1990 – mês da publicação da edição 15 da revistinha. Naquela época, para ter as três edições do post de hoje você precisaria ter NCz$ 68,00. É... isso mesmo: Edição 13 a 12,00, Edição 14 a 20,00 e Edição 15 a 36,00 cruzados novos! InflaXão nos gibis!
Edição 13
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Clique aqui para download da versão digitalizada da revistinha nº 13 |
Na primeira historinha do ano de 1990, nem precisamos dizer qual foi a referência utilizada, não é mesmo? A própria Xuxa já deu a dica.
Resolvemos brincar com isso e achar algumas semelhanças de Moderninho e a loira e os filmes de Indiana Jones, famoso personagem arqueólogo dos cinemas.
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Willie Scott (1984) e a nossa Xuille Xcott (1990) |
E como não lembrar do filme Xuxa e o Tesouro da Cidade perdida que também bebeu nessa fonte? Mas isso é uma outra história.
Se a primeira história buscou sua inspiração lá no comecinho dos anos 80, a história do Dengue é tão atual que podia estar em qualquer gibi de hoje. O personagem sofre bullying por ser diferente, mas no desfecho mostra que não aprendeu a lição. Ei, Dengue! “Eu sou diferente de você, você é diferente de mim, eu sou diferente de você e mesmo assim, você vai gostar de mim!”. E não vale dizer que o XSPB 10 só saiu depois.
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Curiosamente não tem escrito FIM na historinha, será que era uma forma de dizer de que a intolerância às diferenças não tem fim? |
No Correio da Xuxa, as sugestões eram de todo tipo: desde uma historinha inspirada na “Escolinha do Professor Raimundo (extinto programa da Rede Globo) até a um Jornalzinho da Xuxa e uma seção de Recados do Coração.
E pra não esticar o assunto já antigo, deixamos só uma imagem:
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Resistir ao biquíni verde? Nós já sabíamos desde a edição n.6. |
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Clique aqui para download da versão digitalizada da revistinha nº 14 |
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Você se lembra do meu biquíni? Continua o mesmo, mas nos meus traços quanta diferença.. |
E como criança é sempre sincera e pura em suas respostas, a garota Angélica (!!!) foi direta: “fala pro Dengue, pro Praga e pro Moderninho que eles são bem mais bonitos nas revistinhas” e ainda chiou pela falta de criatividade no figurino das Paquitas. Ô Angélica! De biquíni verde você gosta, né?
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Clique aqui para download da versão digitalizada da revistinha nº 15 |
É, livrar-se da praga dos preconceitos não é tão simples assim. Falando em praga, nossa tartaruga preferida teve uma surpresa e tanto numa madrugadas dessas... e dessa vez ele nem teve culpa. Pela segunda vez um nome de música de Xuxa também é o título de uma de suas historinhas em quadrinhos: “O Praga é uma Praga”, só que o a história não tem NADA a ver com a música de 1988.
No Correio da Xuxa, muitos agradecimentos por conta do minipôster da edição 10. Pena que nem assim levaram isso adiante, pois vai demorar um bocado para os leitores terem um brinde igual.
Sugestões também brotavam de todos os cantos do país, de papéis de carta e passatempos até uma leitora que praticamente queria uma seção Moda Moldes Só Para Baixinhos dentro do gibi. Tem de tudo mesmo...
Adivinhar o que as pessoas querem não é fácil e fica mais difícil se você resolver se consultar com uma tal Madame Yara que vê o passado, presente e futuro... Vamos voltar lá na edição 13? Reparem na plaquinha do “consultório”
Agora vamos à Edição 15. Olha Xuxa aí se consultando com a tal Madame Yara. Reparem que o figurino de Xuxa é o mesmo e a madame Yara agora tem as roupas da cigana de rua, mas outra cara... Ufa! Ainda bem que Xuxa encontrou a Regina Shakti para acertar nas previsões.
Se mudar de roupa não era comum, mudar de cor era. Na história da Leninha, Mumu e Paulista, a equipe de coloristas não fugiu à regra e depois da Xinha ter ficado branca numa dessas historinhas, agora o Bruce, bulldog da Leninha, ficou cinza. Será que existia uma espécie de Kolleston Kanino no universo dos gibis?
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Bruce marrom na edição 7 e cinza na edição 15 |
Paramos por aqui, pessoal...
Verdade, Xuxa! Quase esquecemos de dizer pra continuarem ligados no Xuper Blog. Edições 16, 17 e 18 a caminho... Ah, pra quem ficou curioso sobre nossa conversa de ter NCz$ 68,00 para comprar as revistinhas naquela época, só por curiosidade resolvemos converter esse valor para o Real e deu o valor de R$ 0,0000247273. É isso mesmo, produção?